Passaporte para a História

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André Luiz.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Judeus no Brasil Colônia

A comunidade do arrecife
Após serem expulsos do Recife, vinte e três judeus criaram uma comunidade na cidade que mais tarde receberia o nome de Nova York
Leonardo Dantas Silva

Em 5 de fevereiro de 1638, Manuel Mendes de Castro, cristão-novo natural de Portugal, também chamado de Manuel Nehemias, chega ao Recife desejando criar uma colônia agrícola com 200 judeus, “entre ricos e pobres”, no Nordeste do Brasil. Seus planos não deram certo, conforme cartas do conde João Maurício de Nassau ao Alto Conselho, datadas de 19 de março e 23 de maio do mesmo ano, nas quais observa que “em vez de se encaminharem para o seu destino, aqui se dispersaram e cada um tomou o seu caminho tendo falecido o chefe”.

Em 1635, com o domínio holandês consolidado na região, muitos judeus atravessaram o Atlântico para viver em Pernambuco, onde a comunidade do Recife mantinha a primeira sinagoga das Américas e era reconhecida em diversos lugares do mundo.

Antes disso, alguns cristãos-novos [judeus obrigados a se converter ao catolicismo a partir de 1497] já haviam se instalado na região. Em 1542, Diogo Fernandes e Pedro Álvares Madeira receberam terras nos arredores do Recife e logo montaram o Engenho Camaragibe. Em pouco tempo, outros cristãos-novos também se tornaram donos de propriedades açucareiras, mercadores e até mesmo rendeiros na cobrança dos dízimos ou responsáveis por empréstimos. Entre esses pioneiros destacava-se o português James Lopes da Costa, que virou proprietário do Engenho da Várzea em 1591. De volta à Europa sete anos depois, ele se fixou em Amsterdã, “a Jerusalém do Ocidente”, onde fundou a primeira sinagoga daquela cidade, a Bet Yahacob (Casa de Jacob).

Em terras nordestinas, uma colônia judaica começou a se formar com a chegada dos holandeses. Com suas atenções voltadas para a América portuguesa, as Províncias Unidas dos Países Baixos, lideradas pela Holanda, criaram a Companhia das Índias Ocidentais (1621), empresa formada pela fusão de pequenas associações capitalistas. Já em 1624 invadiram a capital da Bahia de Todos os Santos, mas foram expulsos pelos luso-brasileiros com o auxílio da esquadra do rei da Espanha. Seis anos mais tarde, atraídos pela próspera produção dos engenhos de açúcar da região pernambucana, aportaram nas costas da capitania com 65 embarcações e 7.280 homens. Desse período até 1654, a área que hoje fica entre a foz do Rio São Francisco e o Maranhão era conhecida como Brasil Holandês. (...)


Fonte : http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/

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